Não há como negar o fascínio que a tecnologia exerce sobre o ser humano, materializada em produtos caros e sofisticados, atualmente verdadeiros símbolos do mundo moderno.Quem, hoje, não nutre um desejo secreto de possuir um telefone celular e utilizá-lo dirigindo um veículo monitorado por um computador de bordo! Quem já não ficou sem dinheiro no final de semana e dirigiu-se confortavelmente à cabine de um Banco 24 Horas, aproveitando também para pagar algumas contas e efetuar aplicações financeiras? Quem não se sente bem ao passar um final de semana acampando no meio do mato e sabendo que todo e qualquer recado será registrado em sua secretária eletrônica e que seus programas prediletos na tv estarão gravados .
Quem pode negar a sensação prazerosa de andar pelas ruas ouvindo no walkman suas músicas preferidas? Quem pode negar a economia de tempo e de Iocomoção que se obtém com a utilização e-mails, sites para enviar mensagens e documentos, especialmente em situações de urgência? Quem ainda não experimentou a praticidade de uma agenda eletrônica e de um notebook, companheiros diários dos profissionais que atuam nas mais diferentes áreas?
Esses são apenas alguns poucos exemplos de inovações tecnológicas que fazem parte do cotidiano do homem moderno ampliadas a cada dia pelas novas possibilidades da informática. No entanto é necessário registrar o incômodo e causado nos bancos, quando se tem pressa e o sistema fica fora do ar; a dificuldade causada pelos inúmeros botões do controle remoto da televisão do DVD e do aparelho de som nos diferentes usuários de diferentes faixas etárias: o desconforto provocado pelo uso inicial do computador, geralmente acompanhado de perdas de arquivos importantes.
E, nesse cenário no qual a tecnologia ocupa o lugar de destaque, surge a seguinte questão: a tecnologia escraviza ou liberta o ser humano? Atua contra ou a favor?
E, nesse cenário no qual a tecnologia ocupa o lugar de destaque, surge a seguinte questão: a tecnologia escraviza ou liberta o ser humano? Atua contra ou a favor?
Fonte:
Sonia Maria Ribeiro de Souza. Um outro olhar: filosofia. São Paulo, FTD, 1995.